segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Pre-natal é essencial


                        



                                                             Prof. Dra. Márcia Maria Auxiliadora de Aquino

Você está esperando um bebê. Um passo muito importante agora é procurar o seu médico para iniciar o pré-natal. Mas, afinal o que é e para que serve o pré-natal?
O pré-natal é um acompanhamento da evolução da gestação, em geral realizado pelo obstetra, que visa cuidar da saúde da mulher e de seu bebê até que o parto ocorra. Vai além do cuidar da saúde física, pois é durante o pré-natal que o médico orienta a mulher sobre sua gravidez, os cuidados que ela deve ter neste período, a nutrição, exercícios, trabalho de parto, parto, aleitamento e outros temas. Há a oportunidade de conversar sobre suas dúvidas e seus medos, de ter um apoio. Algumas vezes outros profissionais de saúde, além do obstetra, são requisitados para avaliar e/ou orientar a gestante.
Vamos procurar falar um pouco sobre cada um destes temas.
Em relação ao acompanhamento médico da gestação, a primeira consulta deve ser realizada o mais precocemente possível, não devendo ultrapassar o primeiro trimestre da gravidez. Nesta primeira consulta, o médico faz o exame físico e ginecológico (não há risco em ser examinada, e é importante o exame para verificar se está tudo bem) e alguns exames serão solicitados.
Os exames realizados pela coleta de sangue e considerados obrigatórios são o hemograma (para avaliar anemia), glicemia (para saber se você tem diabetes), tipo de sangue (a gestante com tipo sangüíneo Rh negativo, com parceiro Rh positivo, necessita de acompanhamento e orientação) e exames para avaliação de infecções: VDRL (sífilis), HbSAg (hepatiteB), HIV (Aids), sorologia para toxoplasmose e rubéola. As gestantes também fazem exame de urina e papanicolaou (este, se estiver na época de realização).
O primeiro exame ultrasonográfico é realizado após 07semanas, não devendo ultrapassar a 14ª semana de gestação. Tem se optado por realizar uma ultrasonografia obstétrica morfológica de primeiro trimestre, se for possível, entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, no sentido de ser feito um primeiro rastreamento de malformações congênitas.
Nesta primeira consulta, se prescreve uma vitamina, o ácido fólico, para ajudar na prevenção de malformações congênitas. O ideal é que a mulher comece a tomar esta vitamina desde o momento em que deixa de evitar a gravidez, pois seria bom que no momento da concepção esta prevenção já estivesse em prática.
As consultas de pré-natal serão mensais até o oitavo mês. A partir daí passarão a ser quinzenais e no último mês, até o parto, serão semanais. Em nenhuma circunstância a gestante poderá ser dispensada de consultas de pré-natal antes do parto ocorrer. Isto que dizer: as consultas no último mês de gestação devem ser semanais, pois algumas complicações podem ocorrer neste período, e, também, é quando as dúvidas sobre os sinais do trabalho de parto mais aparecem. Em todas as consultas a mulher deverá ser pesada, sua pressão arterial deverá ser medida, e a partir do 4º mês ter medida a altura de seu útero (que indiretamente avalia o crescimento do feto), além de ser ouvido os batimentos cardíacos do feto.
Em geral se realiza um exame ultra-sonográfico em cada trimestre da gestação. Porém, lembre-se, nada substitui a consulta de pré-natal e o exame obstétrico bem feito. A ultrasonografia é um exame complementar.



ATIVIDADES FÍSICAS
Converse com o seu médico sobre as atividades físicas durante a gravidez: As consideradas de baixo risco são as indicadas, pois ajudam na diminuição do stress mecânico sobre as articulações e têm um efeito diurético (aumentam a produção de urina), além de outras vantagens. São elas: hidroginástica, caminhada, dança, natação (como atividade física, não como exercício físico, que implica em ritmo, freqüência e duração e nem como esporte, que implica em performance e competição), ciclismo, yoga. Podem ser realizadas na gestação, se não houver alguma contra-indicação clínica, por, no máximo, trinta minutos diários, de 3 a 5 vezes por semana.
As consideradas de médio risco devem ser realizadas com cuidado e vigilância, somente por aquelas gestantes que já realizavam tais atividades de forma habitual, e que têm preparo físico. Exemplo: ginástica, aeróbica, tênis, musculação, patinação. Mesmo nestas gestantes estas atividades não devem ser realizadas no último mês de gestação.
Está contra-indicada na gestação a prática de vôlei, hipismo, mergulho.


ALIMENTAÇÃO E GANHO DE PESO DURANTE A GESTAÇÃO
A gestante não deve engordar mais do que doze quilos durante a gestação. O ganho muito rápido ou excessivo de peso é prejudicial a gestante e seu bebê pois, entre outras complicações, pode ser fator desencadeante da pressão alta específica da gravidez e/ou da diabetes gestacional, com conseqüências ruins a ambos.
Portanto, a mulher não deve comer por dois, mas, deve ter uma alimentação saudável já que, ganhar pouco peso (menos de 7Kg) também pode ser prejudicial. A grávida deve ter uma dieta fracionada (comer pequenas quantidades, várias vezes ao dia), evitando o jejum prolongado (maior do que 6 horas), prejudicial ao feto e que também pode acarretar mal-estar na mãe devido à hipoglicemia (pouco açúcar no sangue). Também deve evitar encher o estômago de uma vez, o que pode acarretar mal-estar e azia, devido à digestão mais lenta da gestante e refluxo do estômago para o esôfago.
Engordar demais não é bom, mas, querer manter o peso ou ganhar muito pouco, deixa a mulher susceptível a complicações e conseqüentemente o bebê poderá ser afetado.
A dieta deve ser balanceada, incluindo vitaminas e sais minerais (frutas e verduras), proteínas (leite, carnes e cereais), fibras (verduras, aveia, milho, trigo, frutas), gorduras e carboidratos (pães, massas, doces etc), estes dois últimos são alimentos energéticos, os quais devem ser consumidos com moderação.
A partir do segundo trimestre da gestação, aumentam as necessidades de ferro, proteínas e cálcio, pois o bebê inicia a fase de crescimento rápido. Coma fígado e outras carnes, feijão, vegetais verde-escuros e frutas, como laranja e limão, que ajudam a prevenir a anemia por falta de ferro. O médico também costuma iniciar uma suplementação de ferro, através de comprimidos nesta fase. Não se esqueça do leite e seus derivados (queijo, iogurte etc.) que são importantes para a formação dos ossos e dentes do bebê.
Esta é uma orientação básica sobre a dieta durante e gravidez. Siga as orientações do profissional que está acompanhando seu pré-natal, pois existem situações em que há necessidade de restringir algum tipo de alimento ou de recomendar a ingestão maior de outro, na decorrência do peso inicial da grávida, presença de alguma doença (como hipertensão, diabetes etc.) e outros fatores, que necessitarão de orientação específica.


Referências:
1.     Mariani Neto, C & Tadini V. Obstetrícia e Ginecologia. 1a. ed. São Paulo. Editora Roca, 2002.
2.     MINISTÉRIO DA SAÚDE. Assistência pré-natal. Manual Técnico. 3a. ed. Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde, 2000. 66p.
3.     Tedesco, JJA. A Grávida: Suas indagações e as dúvidas do obstetra. 1a. ed. São Paulo. Editora Atheneu, 1999.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Gravidez e cigarro






Gravidez e cigarro: o impacto na saúde de mãe e filho



Dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate a Fumo. Que cigarro e gravidez não combinam, você já sabe. Não custa lembrar, no entanto, que os problemas podem se estender para o resto da vida do seu filho. "Um único cigarro fumado por uma grávida é capaz de acelerar os batimentos cardíacos do feto", afirma Jaqueline Sholz Issa, cardiologista. Os danos, segundo ela, são grandes e numerosos. "Este único cigarro tem 4.500 substâncias nocivas que chegam até o bebê. A placenta não impede a passagem de moléculas pequenas como a nicotina", explica a médica, coordenadora do Ambulatório de Tratamento de Tabagismo do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP (Incor) e autora do livro "Deixar de fumar ficou mais fácil" (MG Editores). 

Quando a mãe acende um cigarro e dá uma tragada, componentes tóxicos, como o monóxido de carbono, chegam até os pulmões e são liberados para a corrente sanguínea. O coração bombeia o sangue intoxicado para todo o corpo da mãe, inclusive para o feto. A placenta, por sua vez, não consegue barrar a passagem de todas essas substâncias, como a nicotina - que, aliás, é considerada "vilã" porque trabalha contra o bebê. Ao causar estreitamento dos vasos, ela impede que os nutrientes necessários para o desenvolvimento do feto cheguem satisfatoriamente. O resultado é uma série de problemas para mãe e filho. 

A gestante tem 70% mais chances de ter um aborto espontâneo e 40% de dar à luz antes da hora. Baixo peso e altura, risco de má formação do feto, complicações cardíacas e risco da síndrome da morte súbita infantil também são esperados. Há ainda a possibilidade de a criança nascer com tendência à dependência química do cigarro. Alguns estudos comprovam que o fumo pode causar danos à inteligência e ao rendimento intelectual da criança e que estaria associado a distúrbios do comportamento e a ocorrência de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. 

Além desses problemas no curto prazo, ronda ainda o fantasma de doenças futuras. Uma pesquisa recente da American Heart Association (Associação Cardíaca Americana) mostrou que gestantes que fumam aumentam os riscos de seus filhos terem derrame e ataque cardíaco quando adultos, já que os descendentes tendem a ter paredes das artérias carótidas na nuca mais grossas (a espessura das paredes internas das artérias da nuca é usada para determinar o nível da aterosclerose). 
Combate ao fumo
Para Jaqueline, que trabalha há mais de 15 anos no combate ao cigarro, o tabagismo é uma doença. No final dos anos 1980, os cientistas descobriram que o cérebro tem receptores de nicotina e que ela, a nicotina, tem poder de adição maior do que drogas como cocaína e heroína. "A partir daí, tudo mudou, inclusive o jeito de encarar o fumante, que deve contar com ajuda especializada e apoio. O uso de medicamentos no tratamento diminui os sintomas da privação e também o sofrimento no processo conhecido como desligamento", diz. 

O uso de medicamentos para parar de fumar, contudo, não são recomendados para grávidas. Eles têm substâncias nocivas e só devem ser prescritos se o médico considerar o ganho maior do que o risco. O ginecologista e obstetra Luís Fernando Aguiar, do Hospital Albert Einstein, lembra que, felizmente, a maior parte das mulheres acaba parando de fumar na gestação. "Além de pensarem na saúde do bebê, muitas grávidas têm enjoo e aversão ao cheiro de cigarro. A natureza é sábia e provoca esses sintomas de proteção", diz. Quando é necessário lançar mão de algum recurso químico, o médico opta pela fluoxetina, um antidepressivo seguro na gravidez. "Mas eu sempre recomendo suspender o cigarro em 100%. Não adianta reduzir, os efeitos são péssimos", afirma.
Como parar durante a gravidez?
"Desde quando decidi que iria engravidar, parei de vez... Antes nunca havia conseguido", recorda Luanda Rodrigues. Para ela, que já fumava há 15 anos, a preocupação com a saúde do bebê foi motivação o bastante. Se você está tentando deixar o cigarro, inspire-se nela e veja, também, as nossas dicas a seguir. 
- Nenhum tipo de tratamento contra o fumo é indicado durante os nove meses da gestação, nem a goma de mascar. Eles têm substâncias nocivas e só devem ser prescritos se o médico considerar o ganho maior do que o risco. Se a mulher fuma mais de dois maços por dia, ela poderia usar o adesivo.
- A maioria das mulheres acaba parando de fumar na gestação. Além de pensarem na saúde do bebê, muitas grávidas têm enjoo e aversão ao cheiro do cigarro. A natureza é sábia e provoca esses sintomas de proteção.
- Quando é necessário lançar mão de algum recurso químico - uma das opções, sempre -, o médico opta pela fluoxetina, um antidepressivo seguro na gravidez.
Um estudo canadense mostra que as crianças também podem se tornar viciados em nicotina apenas por conviver com pessoas que fumam. Liderada por Jennifer O'Loughlin, pesquisadora da Universidade de Montreal, Canadá, a pesquisa revela que sintomas claros de dependência de nicotina, como depressão, insônia, irritabilidade, ansiedade, aumento de apetite e problemas na concentração, foram observados em cerca de 5% das 1.800 crianças entrevistadas, todas entre 10 e 12 anos, e que nunca haviam fumado. “Esses dados servem para mostrar que políticas públicas relacionadas ao fumo precisam ser rígidas”, comenta O’Loughlin.

Fonte: revista Crescer- Agosto/12  Autor: Chantal Brissac


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pascuala, uma cristã perseguida de Chiapas







Pascuala estava com 14 anos quando, em uma noite comum, ficou cuidando de seus irmãos, um sobrinho e uma sobrinha. Pascuala estava dormindo quando os caciques foram queimar sua casa. Ela acordou a tempo de alertar sua família. Alguns membros da família não estavam em casa, mas as quatro crianças foram assassinadas, baleadas ou queimadas enquanto tentavam fugir. Pascuala foi baleada e abusada fisicamente. Ela só sobreviveu porque fingiu estar morta. Fraca e sangrando, ela caminhou por muitas horas até chegar a um hospital.
Ela ficou com 27 projéteis em seu corpo e pescoço na época, tudo porque não negou sua fé em Jesus. Apesar de ter sido baleada, abusada e quase morta sendo apenas uma adolescente, tendo sua casa incendiada e sua família assassinada, ela não está se lamentando, ou tendo pena de si mesma. Ao invés disso, ela passa seus dias confortando outros, visitando outras mulheres que ficaram viúvas ou desabrigadas. Um de seus ministérios é ensinar trabalhos manuais para essas mulheres, para que possam se sustentar e ter uma renda. Nesses 35 anos depois do ataque, ela construiu seu ministério, e agora centenas de mulheres procuram por ela para buscar consolo, conselhos e ajuda. Leia parte de seu testemunho:
Quando eu me lembro daqueles dias, no início, me sinto triste. De repente, meus sentimentos podem se perder em um buraco escuro. Desde a época em que fui perseguida, minha vida inteira mudou, em todos os aspectos. Perdi minha família e minha casa. Fisicamente, a dor de minhas feridas era muito difícil de suportar. Não conseguia mover meu corpo como antes.

Além de ter que começar uma nova vida, eu estava com medo. Eu não falava espanhol. Eu tinha uma irmã viúva, e pude tomar conta de sua filha para que ela pudesse arranjar um emprego. Os dias eram muito longos, pois eu ficava escondida por medo. Durante aquela época, eu pensei que Deus não iria me ajudar. Em minha solidão, não pensei que teria um futuro. Eu não sabia o que fazer. Foi assim durante cinco anos.

Naquela época, uma cristã chamada Elena me encorajou a aprender espanhol. Ela se ofereceu para me ensinar, se eu quisesse. Eu disse que sim, e que iria até a casa dela. Minha vida começou a mudar. 

Eu conhecia um missionário chamado Canute que foi muito importante para mim. Ele me amava muito, e percebi que Deus estava curando minha alma através desse carinho. Um dia, ele me disse que eu deveria ir para os Estados Unidos; eu respondi que pensava que não poderia ir, por causa da documentação. O irmão Canute disse que eu precisava confiar em Deus. Meu pastor, Miguel Caslon, me ajudou com os documentos, mas eu continuava questionando se Deus realmente queria que eu fosse para aquele país.

Algumas igrejas nos Estados Unidos me convidaram para contar meu testemunho. Quando fui, deixei que as pessoas tocassem os ferimentos de bala em meu corpo. Alguns irmãos começaram a chorar. Aquilo tocou o meu coração. Eu percebi que eles realmente sentiam a minha dor. Algo novo começou a acontecer. A alegria e a paz do Senhor foram derramadas sobre mim. Fazia muito tempo que eu não sorria. Meu Deus estava comigo! Eu não estava sozinha! Minha fé começou a crescer. Eu voltei para o México com nova esperança e novas expectativas. 

Eu continuei aprendendo a ler. Agora, consigo ler minha Bíblia e saber mais sobre meu amado Jesus.

De acordo com os costumes do meu povo, estava chegando o momento de me casar. Eu sou indígena, e garotas indígenas não podem conversar com garotos. Se um rapaz quer ser namorado de uma garota, ele deve ir até seus pais e pedir a mão dela. No meu caso, ele precisaria pedir para meu pastor.

Em um domingo, percebi que havia um novo rapaz na igreja. O pastor me disse que Manuel era filho de uma irmã que estava orando para que ele se reconciliasse. Logo depois disso, Manuel disse para o pastor que gostaria de se casar, e o pastor foi falar comigo. Eu não sabia nada sobre Manuel, então eu disse que não.

Logo depois, conheci Pedro, um jovem cristão indígena, que parecia bom para mim. Eu conversei com meu amigo missionário sobre ele. Então ele disse: ‘Vamos ver se ele é bom para você’. Alguns dias depois, vi Pedro com outra garota, e eles estavam muito próximos. Eu fiquei muito chateada. Então, o irmão Canute foi conversar com Pedro, e ele não falou nada. Meu estômago doía e estava muito triste. Então decidi orar. Eu clamei a Deus, dizendo que eu precisava de um marido. Três anos depois, me casei com Manuel. Nosso Deus sempre tem um plano pra nós.

Desde então, meu desejo é ajudar as pessoas que são perseguidas por causa de Jesus. Eu comecei a compartilhar com outros, de que há esperança em Jesus, porque eu mesma entendi isso quando estava sozinha. Entrei em contato com a Portas Abertas; eles me encorajaram a continuar com esse amor. Eu tinha o desejo de ajudar as mulheres indígenas através de evangelismo e artesanato. Com a ajuda da Portas Abertas, pude conseguir tecidos para a costura e artesanato.

O desejo do meu coração é dedicar meu tempo a Deus. Minha convicção é ajudar e amar a Igreja Perseguida, porque eu sinto a dor deles. Eu vou para lugares aonde ninguém mais vai, porque eles precisam de Jesus. Se Deus me permitiu passar pela perseguição, foi por uma razão: para proclamar o Seu nome.
FontePortas Abertas
TraduçãoMissão Portas Abertas




Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento. (Selá.)

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Abuso Sexual





Impossível não repercutir a notícia. Xuxa revelou no Fantástico, no domingo 20 de maio, que sofreu abuso sexual até os 13 anos de idade, por várias pessoas, em diferentes situações.
Foi? Não foi? Golpe de marketing? Por  que  só   agor a ?  Essas  e tantas outras perguntas pipocaram em seguida, lógico por ser ela uma celebridade midiática, que reflete o anseio de uma grande parcela de brasileiras em termos de beleza, prestígio, dinheiro e poder.
Xuxa é um espelho para gerações. Quando estava grávida, exibiu sua barriga, exposta em rede nacional, e logo se via pelas ruas mulheres exibindo sua gravidez, raramente com barrigas tão bonitas quanto a dela. Sua “produção independente” e dedicação à filha foram também copiadas por   celebridades   e   anônimas que discursavam sobre a supremacia dos filhos em detrimento do relacionamento conjugal e até fora dele. Enfim, nuances de compor    tamento  que  refletem esta geração, mas também que  direcionam, muitas vezes, o comportamento de parcela da sociedade. Então essa mulher célebre vem a público falar sobre seu trauma. Pondera que talvez seja por causa do abuso sofrido que não consegue viver relacionamentos duradouros.
A pergunta que logo surge é: como foi este abuso? Como uma mulher, especialmente uma criança, pode diagnosticar um abuso? Uma criança brinca com alguém de confiança e de repente sente-se desconfortável pelo tipo pelo tipo toque. É abuso? Não é? Foi sem querer? Não foi? Muitas vezes não há dúvida: foi abuso mesmo. E aí as perguntas passam a ser: Tive culpa? Não tive? Foi algo que fiz? É por causa do meu jeito? Por que me sinto tão envergonhada? Perguntas como as que Xuxa se fez e que se fazem todas as mulheres que vivem situações semelhantes.
Para a mulher adulta, também é complicado diagnosticar o abuso. Você vai fazer um exame clínico e a roupa que te oferecem, ou não, não corresponde com a necessidade daquele exame, ou ainda você acha que dura mais do que deveria. Um médico vai examinar uma mulher ou fazer um procedimento clínico e demora ou a deixa em posição desconfortável, ou sem roupas, sem que ela veja nisso uma necessidade. É abuso? Não é? Foi necessário? Não foi? Foi alguma coisa que ela fez? Ou disse? E quando há o abuso mesmo, invasivo, como no caso das mulheres atendidas pelo ex-médico Roger Abdelmassih, um dos mais renomados especialistas em reprodução assistida do Brasil, que dopava e abusava das mulheres? Vergonha, incredulidade, pesadelo são alguns dos sentimentos expressados pelas mulheres.
O abuso sexual de crianças e das mulheres de maneira geral é um flagelo social no Brasil e no mundo. Acontece na intimidade das famílias, nos transportes públicos, em ambientes de trabalho e até em igrejas. Fatores culturais, especialmente, são responsáveis pela visão da criança, filha mulher, como propriedade, ou ainda das meninas da família, ou das mulheres de modo geral como objetos que podem ser usados e abusados sem nenhum tipo de respeito.
Como a igreja, e especialmente mulheres em ministério, pastoras, podem ajudar essas mulheres que sofreram abuso? Primeiro, motivar essa s  mulheres  por  meio  de mensagens ,   e s t u d o s   e   um ambiente de aceitação a buscarem ajuda. Segundo, criar ferramentas para aconselhamento pastoral, oração, cura, libertação e terapia, no objetivo de propiciar uma ajuda interdisciplinar. Mulheres na igreja têm que ter um diferencial no cuidado e encontrar em Jesus, e sob a sua bênção, toda a cura necessária para a sua alma. Em um ambiente cristão muitas vezes tão severo com tudo que diz respeito à feminilidade, é preciso “feminilizar” nossa pastoral e trazer a misericórdia, o amparo e a compreensão com que Deus sempre tratou as mulheres em sua Palavra.


 Fonte : O Jornal Batista , autor:Zenilda Reggiani Cintra Pastora e jornalista,Taguatinga, DF


E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.

João 20:13-14 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A grandeza de servir



Servir tem sido um verbo difícil de ser conjugado. Todos apreciam ser servidos. 

Vê-se como as crianças apreciam que todos estejam a seu serviço. Gostam de pedir as coisas e que essas lhes sejam dadas de forma rápida.
 

O Mestre Jesus, contudo, lecionou diferente. Quem quiser ser o maior, seja este o servo de todos.
 

Na última ceia que fez com os discípulos, lavou os pés de todos, ante a surpresa deles.
 

Aquela era uma noite de despedidas e Jesus lhes deixou as mais belas lições de serviço ao próximo. Como se já não bastasse ter exemplificado durante seus quase três anos de vida pública.
 

No lago de Genesaré, nas estradas da Galiléia, em casa de Pedro, na Sinagoga, no Templo, ele serviu a Seus irmãos.
 

Se observarmos bem, perceberemos que toda a natureza serve ao homem. Serve a chuva, serve o vento, serve a nuvem.
 

A semente enclausurada na terra, rebenta, brota e se transforma em árvore frondosa, servindo ao homem, dando-lhe sombra, abrigo, flores e frutos.
 

Os animais se esmeram por servir. Dão ao homem alimento, produzindo leite, ovos, carne. Envolvem-no nas noites de inverno, com suas peles e lãs.
 

Conduzem-no por ruas, praças e avenidas com segurança, quando o homem se apresenta desprovido de visão.
 

Aprendamos com a natureza. Aprendamos com Jesus.
 

Onde houver uma árvore para plantar, sejamos voluntários. Onde houver um erro a ser corrigido, coloquemo-nos à disposição para corrigir.
 

Onde houver uma tarefa que ninguém deseje, aceitemos e a desempenhemos com alegria.
 

Se houver uma pedra no caminho, não esperemos por outros. Retiremo-la nós mesmos.
 

Mas também nos disponhamos a retirar as pedras das dificuldades e o ódio dos corações.
 

Tenhamos em mente que não devemos fazer somente as coisas fáceis. É maravilhoso poder executar o que os outros se recusam a fazer.
 

Existem pequenas tarefas que são bons serviços:
 

enfeitar uma mesa para a refeição;
 

arrumar livros sobre a estante;
 

colher flores e dispô-las no vaso;
 

pentear uma criança;
 

acomodar um idoso em seu leito.
 

O mundo é verdadeiramente belo porque há muito por fazer. Imaginemos como ele seria triste se tudo estivesse feito.
 

Se não houvesse uma roseira para plantar;
 

uma iniciativa para tomar;
 

uma cerca para pintar;
 

uma casa para embelezar;
 

uma criança para educar;
 

um idoso para acarinhar;
 

um amor para amar.
 

* * *
 

Servir é um verbo que se conjuga na comunidade. O primeiro tempo se inicia no ninho doméstico, entre as quatro paredes do lar. É o tempo presente.
 

Desde cedo, a criança aprende a servir, executando pequenas tarefas, sentindo-se responsável e útil.
 

O aprendizado prossegue com os vizinhos, os colegas, os amigos. É a conjugação do futuro.
 

Um animal a alimentar, um jardim para regar, uma árvore para podar.
 

Servindo sempre, estaremos dando o exemplo àqueles que nos são próximos.


Fonte: O prazer de servir, de Gabriela Mistral.


 





" Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça;"  2 Coríntios 9:10

domingo, 27 de maio de 2012

Curada e Perseguida






Rekha Khatoon, uma jovem de 22 anos, foi expulsa de casa por testemunhar ter sido curada por Jesus, em um vilarejo predominantemente muçulmano no estado de Bengala Ocidental, na Índia. Seus pais ajudaram os extremistas a surrá-la, até quase perder a consciência
O ataque a Rekha Khatoon, ocorreu em Nutangram, Murshidabad, onde muçulmanos extremistas ameaçaram matar 25 famílias que inicialmente demonstraram interesse por Cristo, das quais somente cinco, assustadas, permaneceram.
“Eu disse com ousadia àqueles que me surraram que posso deixar meus pais, mas não deixarei Jesus, disse Rekha. Jesus me curou e não posso esquecê-lo”.
Rekha estava voltando de um culto da Igreja dos Crentes, no Salão de Al Hamdulilah, quando seus pais e os extremistas a atacaram, disse ela. Eles a chamaram de pagã, entre outras ofensas. A multidão também insultou a cristã que encorajou Rekha a confiar em Jesus como Senhor, Aimazan Bibi, disse Bashir Pal, pastor e fundador da Igreja dos Crentes.
"Na mesma noite, o pai de Rekha, Nistar Shaike, e cerca de 20 radicais muçulmanos cercaram a casa de Aimazan, gritaram slogans anticristãos, ameaçaram fazer mal a ela e a sua família e a acusaram falsamente de ‘persuadir’ Rekha a se converter ao cristianismo", contou o Pastor Bashir à Compass Direct News.
Após se ver só em uma estrada, depois da surra, Rekha se refugiou no lar de Aimazan Bibi. Rekha conheceu Amaizan Bibi no ano passado e lhe contou sobre sua doença no aparelho reprodutor que a fazia sangrar muito e a mulher idosa compartilhou com ela do Evangelho de Cristo e de Seu poder curador, disse o Pastor Bashir.
“Após Rekha saber de sua doença, ela conheceu um dos membros de nossa igreja, Aimazan Bibi, e compartilhou de seu problema físico com ela, contando-lhe que sua doença estava ficando pior, por ela não poder comprar mais remédios”, disse ele.
Aimazan também convidou Rekha para frequentar a igreja. Em 23 de outubro, Rekha veio ao local de culto, onde mulheres cristãs lhe impuseram as mãos, disse ele. O pastor e a congregação pediram a Deus, em o nome de Jesus pela cura de Rekha.
“Ela recebeu a cura de Cristo e, desde então, passou a frequentar os cultos sempre que podia”, disse o Pastor Bashir. “Em 17 de janeiro, Rekha compareceu a uma reunião da igreja doméstica em seu vilarejo e, mais uma vez, testemunhou que Jesus a curara, e que ela não havia tomado nenhum remédio desde 23 de dezembro”.
Ele disse que os extremistas muçulmanos alertaram Rekha para não ter contato com os cristãos. Ao saber que ela estava frequentando cultos cristãos, seus pais a avisaram para não se relacionar com cristãos e não participar de suas reuniões, disse Aimazan Bibi.
“Entretanto, ela lhes disse que não podia esquecer Jesus, nem Seu amor por ela”, disse.
A esposa do Pastor Bashir, Anasea Pal, enfermeira, acrescentou que, em outra reunião da igreja doméstica, Rekha trouxe sua irmã e testemunhou sobre a cura que recebera. Rekha, desde então, se mudou para outro local, onde vive confinada a maior parte do tempo, para sua proteção.
Rekha e sua mãe já tinham frequentado cultos na igreja anteriormente. Isto foi em 2009 até que muçulmanos da região, furiosos em ouvir que várias mulheres estavam frequentando os cultos, avisaram-nas para cessar todos os contatos com cristãos ou sofreriam as consequências. A mesquita da região, então, ofereceu à mãe de Rekha um emprego de levar comida para o líder islâmico local para assegurar-se de que ela não teria mais contatos com cristãos. Ela também impediu que Rekha frequentasse as reuniões cristãs.
As tensões predominam na região, com radicais muçulmanos furiosos ameaçando causar danos às cinco famílias cristãs sob qualquer pretexto. Além de assediar Aimazan Bibi, os extremistas arruinaram o negócio de seu filho, Sirajul Shaike, jogando fora todos os seus vegetais e perseguindo-o fora do mercado do vilarejo.
“Está muito difícil para eles agora, uma vez que vender vegetais é a principal fonte de renda da família”, disse o Pastor Bashir.
Os cristãos de Nutangram têm suportado todo o tipo de tortura física e boicote social nas mãos dos extremistas, disse o Pastor, acrescentando que eles não permitem mais, a entrada de cristãos no vilarejo.

Fonte : Missão Portas Abertas




E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.2 Timóteo 3:12

sábado, 12 de maio de 2012

Feliz dia das mães !






Carta de uma Mãe ao seu filho...

meu filho querido, quero que me ouça o que eu tenho a lhe dizer, pois exitem coisas que você precisa saber e tenho medo de não haver tempo para lhes dizer mais tarde.
Quero que você saiba que sempre esforcei-me muito para lhe possibilitar o melhor, e se caso eu tenha falhado em algum sentido, peço-te hoje nessa carta que me perdoes.
Não é muito fácil ser mãe, sempre quis o melhor para você meu filho, que não sofresse, que não chorasse, não sentise medo, não sentise frio nem fome, e nesta tentativa incessante de poupá-lo de tudo no mundo, acabei por torná-lo um tanto frágil e hoje sofro muito quando os outros estranhos te machucam e te magoam.
Mas existe outras coisas que quero que saibas,
Que você é muito especial para mim e que te amo muito meu filho e que todos os dias rezo para que tenhas sempre saúde e forças para encontrar a tua felicidade seja ela qual for e onde quer que seja.
Eu te peço que nunca permita que as outras pessoas te diminuam, lembre-se sempre de nossa coragem, nossa luta, nossa união, do nosso amor e siga sempre o que disser o teu coração e só assim estará
sempre no caminho do bem.
Meu filho amado sejas sempre do bem e lembres-se que Jesus Cristo podia tudo, contra tudo e contra todos e mesmo assim não importou-se em parecer humilde e submisso diante da pequenez dos humanos que o crucificaram, pois só alguém verdadeiramente soberano consegue perdoar a prepotência e o egoísmo dos outros e assim ele perdoou e fez para que todos compreendessem a sua generosidade a sua misericórdia e a grandiosidade de seu amor por todos nós.
Meu filho tão amado nunca se esqueça que mamãe te ama muito
Que Deus te ilumine e te proteja onde quer que você vá...
***
Poeta:Aaron kamo

domingo, 6 de maio de 2012

Aborto



O que a Bíblia ensina acerca do aborto?

No Antigo Testamento, a Bíblia se utiliza das mesmas palavras hebraicas para descrever os ainda não nascidos, os bebês e as crianças. No Novo Testamento, o grego se utiliza, também, das mesmas palavras para descrever crianças ainda não nascidas, os bebês e as crianças, o que indica uma continuidade desde a concepção à fase de criança, e daí até a idade adulta.
A palavra grega brephos é empregada com freqüência para os recém-nascidos, para os bebês e para as crianças mais velhas (Lucas 2.12,16; 18.15; 1 Pedro 2.2). Em Atos 7.19, por exemplo, brephos refere-se às crianças mortas por ordem de Faraó. Mas em Lucas 1.41,44 a mesma palavra é empregada referindo-se a João Batista, enquanto ainda não havia nascido, estando no ventre de sua mãe.
Aos olhos de Deus ele era indistinguível com relação a outras crianças. O escritor bíblico também nos informa que João Batista foi cheio do Espírito Santo enquanto ainda se encontrava no ventre materno, indicando, com isso, o inconfundível ser (Lucas 1.15). Mesmo três meses antes de nascer, João conseguia fazer um miraculoso reconhecimento de Jesus, já presente no ventre de Maria (Lucas 1.44).
Com base nisso, encontramos a palavra grega huios significando "filho", utilizada em Lucas 1.36, descrevendo a existência de João Batista no ventre materno, antes de seu nascimento (seis meses antes, para ser preciso).
A palavra hebraica yeled é usada normalmente para se referir a filhos (ou seja, uma criança, um menino etc.). Mas, em Êxodo 21.22, é utilizada para se referir a um filho no ventre. Em Gênesis 25.22 a palavra yeladim (filhos) é usada para se referir aos filhos de Rebeca que se empurravam enquanto ainda no ventre materno. Em Jó 3.3, Jó usa a palavra geber para descrever sua concepção: "Foi concebido um homem! [literalmente, foi concebida uma criança homem]". Mas a palavra geber é um substantivo hebraico normalmente utilizado para traduzir a idéia de um "homem", um "macho" ou ainda um "marido". Em Jó 3.11-16, Jó equipara a criança ainda não nascida ("crianças que nunca viram a luz") com reis, conselheiros e príncipes.
Todos esses textos bíblicos e muitos outros indicam que Deus não faz distinção entre vida em potencial e vida real, ou em delinear estágios do ser – ou seja, entre uma criança ainda não nascida no ventre materno em qualquer que seja o estágio e um recém-nascido ou uma criança. As Escrituras pressupõem reiteradamente a continuidade de uma pessoa, desde a concepção até o ser adulto. Aliás, não há qualquer palavra especial utilizada exclusivamente para descrever o ainda não nascido que permita distingui-lo de um recém-nascido, no tocante a ser e com referência a seu valor pessoal.
E ainda, o próprio Deus se relaciona com pessoas ainda não nascidas. No Salmo 139.16, o salmista diz com referência a Deus: "Os teus olhos me viram a substância ainda informe". O autor se utiliza da palavra golem, traduzida como "substância", para descrever-se a si mesmo enquanto ainda no ventre materno. Ele se utiliza desse termo para se referir ao cuidado pessoal de Deus por ele mesmo durante a primeira parte de seu estado embrionário (desde a nidação até as primeiras semanas de vida), o estado antes do feto estar fisicamente "formado" numa miniatura de ser humano. Sabemos hoje que o embrião é "informe" durante apenas quatro ou cinco semanas. Em outras palavras, mesmo na fase de gestação da "substância ainda informe" (0-4 semanas), Deus diz que Ele se importa com a criança e a está moldando (Salmo 139.13-16).
Outros textos da Bíblia também indicam que Deus se relaciona com o feto como pessoa. Jó 31.15 diz: "Aquele que me formou no ventre materno, não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?"
Em Jó 10.8,11 lemos: "As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram... De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste".
O Salmo 78.5-6 revela o cuidado de Deus com os "filhos que ainda hão de nascer".
O Salmo 139.13-16 afirma: "Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste... Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe".
Esses textos bíblicos revelam os pronomes pessoais que são utilizados para descrever o relacionamento entre Deus e os que estão no ventre materno.
Esses versículos e outros (Jeremias 1.5; Gálatas 1.15, 16; Isaías 49.1,5) demonstram que Deus enxerga os que ainda não nasceram e se encontram no ventre materno como pessoas. Não há outra conclusão possível. Precisamos concordar com o teólogo John Frame: "Não há nada nas Escrituras que possa sugerir, ainda que remotamente, que uma criança ainda não nascida seja qualquer coisa menos que uma pessoa humana, a partir do momento da concepção".[1]
À luz do acima exposto, precisamos concluir que esses textos das Escrituras demonstram que a vida humana pertence a Deus, e não a nós, e que, por isso, proíbem o aborto. A Bíblia ensina que, em última análise, as pessoas pertencem a Deus porque todos os homens foram criados por Ele.
E se você já fez um aborto?
Você já fez um aborto? Onde quer que se encontre, queremos que você saiba que o perdão genuíno e a paz interior são possíveis, e que uma verdadeira libertação do passado pode ser experimentada.
Deus é um Deus perdoador:
"Porém tu [és]... Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande em bondade" (Neemias 9.17b).
"Pois tu, SENHOR, és bom e compassivo; abundante em benignidade para com todos os que te invocam" (Salmo 86.5).
Aliás, Deus não apenas perdoa, Ele, de fato, "esquece":
"Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro" (Isaías 43.25).
Você poderá encontrar perdão agora mesmo simplesmente colocando sua confiança em Jesus Cristo. Você pode confiar nEle, virando as costas para os caminhos que você tem seguido, reconhecendo e confessando seus pecados a Ele, e voltando-se para Cristo com a confiança de que através do Seu poder, Ele haverá de lhe conceder perdão e uma nova vida. Se você deseja ter seus pecados perdoados, se deseja estar livre da culpa, se quer ter nova vida em Cristo, se quer conhecer a Deus, e se você sabe que é amada por Ele, sugerimos a seguinte oração:
Querido Deus, eu confesso o meu pecado. Meu aborto foi coisa errada e eu agora venho à Tua presença em busca de perdão e de purificação. Peço que não apenas me perdoes esse pecado, mas que me perdoes todos os pecados de minha vida. Eu aceito que Jesus Cristo é Deus, que Ele morreu na cruz para pagar a penalidade pelos meus pecados, que ressuscitou ao terceiro dia, e que está vivo hoje. Eu O recebo agora como meu Senhor e Salvador. Eu agora aceito o perdão que Tu providenciaste gratuitamente na cruz e que me prometeste na Bíblia. Torna o teu perdão real para mim. Eu peço isso em nome de Jesus. Amém.







domingo, 22 de abril de 2012

Ser simples





"...Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas." Mt.10:16




Felizmente existe a ideia da simplicidade, e esta é, digamos, simples desde sua origem. A palavra é formada por duas outras de origem latina: sin, que significa único, um só, e plex, que quer dizer dobra. Ser simples significa ter uma só dobra, ao contrário do complexo, que tem várias. Simples! 
Simplificar significa evitar a complexidade e criar uma vida sem mistérios? Há uma diferença fundamental entre ser simples e ser simplório. Os simples resolvem a complexidade, os simplórios a evitam. Eu conheço pessoas sofisticadas, intelectualizadas, que levam uma vida plena, realizam trabalhos difíceis, apreciam leituras profundas e têm hábitos peculiares. E continuam sendo pessoas descomplicadas. Conheço também pessoas simplórias, com pouca profundidade, que realizam trabalhos repetitivos, que têm poucas ambições, que apreciam rotinas e evitam os sustos de uma vida aventurosa. E mesmo assim são pessoas complicadas, para elas tudo é muito difícil, em geral impossível.

Não há um paradoxo em construir uma vida simples em meio à vida moderna, cada vez mais exigente? Hiroshi criou a Ecovila Clareando, uma comunidade autossustentável no interior de São Paulo que atrai gente comprometida com a natureza e com seus valores, como a sustentabilidade, sem a ingenuidade das "sociedades alternativas" de antigamente, mas tendo a simplicidade como filosofia. Ele planta e produz praticamente tudo o que precisa para se alimentar, domina as técnicas de construção ecológica e de produção de energia limpa. Mas não é um isolado, viaja, participa de congressos, dá palestras, toca violão, compõe músicas. E é alegre em tempo integral.

Goldberg é professor da New York University, onde faz pesquisas sobre o cérebro humano, e consegue falar sobre seu funcionamento de maneira compreensível. Escreveu alguns livros, entre eles O Paradoxo da Sabedoria, em que afirma que, apesar do envelhecimento do cérebro, a mente pode manter-se jovem. Seus textos são o melhor exemplo de como se pode simplificar o complexo, pois são sobre neurofisiologia, mas qualquer um entende.

Eu não poderia imaginar vidas mais diferentes e, ao mesmo tempo, mais parecidas. Ambos carregam uma leveza própria das pessoas que decidiram não complicar, sem abrir mão de seus desejos, projetos, pequenos luxos, enfim, da vida normal. Pessoas assim, que fazem a opção da simplicidade, têm alguns traços comuns. Identifico cinco deles:

1. São desapegadas: não acumulam coisas, fazem uso racional de suas posses, doam o que não vão usar mais.

2. São assertivas: vão direto ao ponto com naturalidade, mesmo que seja para dizer não, sem medo de decepcionar, não "enrolam" nem sofisticam o vocabulário desnecessariamente.

3. Enxergam beleza em tudo: em uma flor no campo e em um quadro de Renoir; em uma modinha de viola e em uma sinfonia de Mahler; em um pastel de feira e na alta gastronomia.

4. Têm bom humor: são capazes de rir de si mesmas e, mesmo diante das dificuldades, fazem comentários engraçados, reduzindo os problemas à dimensão do trivial.

5. São honestas: consideram a verdade acima de tudo, pois ela é sempre simples e, ainda que possa ser dura, é a maneira mais segura de se relacionar com o mundo.

Ser simples, definitivamente, não é abrir mão de nada. É possível apreciar o conforto, a sofisticação intelectual, as artes, o prazer da culinária, a aventura das viagens e continuar sendo simples.

Pois ser simples não é contentar-se apenas com o mínimo para manter-se fisicamente vivo, uma vez que não somos só corpo, também somos imaginação, intelecto, sensibilidade e alma. E esta última é, sim, simples, mas não é pequena, a não ser, é claro, que a pessoa queira.

Autor: Eugenio Mussak - Edição: MdeMulher


sábado, 7 de abril de 2012

Ele floresceu ao terceiro dia



"E será que a vara do homem que eu tiver escolhido florescerá; assim farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós.
Falou, pois, Moisés aos filhos de Israel; e todos os seus príncipes deram-lhe cada um uma vara, para cada príncipe uma vara, segundo as casas de seus pais, doze varas; e a vara de Arão estava entre as deles.
E Moisés pôs estas varas perante o SENHOR na tenda do testemunho.
Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas." 
Números 17:5-8









"E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.
E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer?
Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel;
O que ele tomou, e comeu diante deles.
E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos." 
Lucas 24:38-44













Você já escutou que é muita pretensão achar que só Jesus é o enviado de Deus para manifestar ao mundo o verdadeiro caminho para a salvação. Este tipo de dilema não é novidade na história da fé. Quando o povo de Israel saiu do Egito e peregrinou para a terra prometida foi liderado por Moisés e Arão era o sacerdote estabelecido por Deus para ministrar pelo povo. Surgiu então entre a congregação através de um homem chamado Corá o seguinte argumento: "Basta-vos, pois que toda a congregação é santa, todos são santos, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do SENHOR?"Nm. 16:3

Quantas vezes tem surgido argumentos parecidos em relação aos ensinamentos de Jesus e a sua verdade, eles semelhantes ao de Corá fazem as seguintes perguntas: quem disse que Deus não enviou outros espírito evoluídos como Jesus para nos revelar a verdade, quem disse que Buda, Maomé, Dalai Lama, Alan Kardec e outros não foram enviados por Deus para ensinar o caminho da verdade?

O povo de Israel começou a ver na argumentação de Corá uma certa lógica e foram procurar Moisés para apresentar o argumento e solicitar o direito de escolher e ser escolhido como representante da verdade e de Deus.

Assim também acontece em nosso dias muitos reivindicam o direito de ser representantes da verdade e de Deus, estas "verdades" e estes "representantes" aparecem de tempos em tempos na história da humanidade.

Diante de tal fato Deus demostra ao povo que só existia um escolhido por Ele para ser sacerdote, de uma forma soberana e milagrosa que não poderia ocorrer sem a interferência do Criador da Vida, o Senhor Deus de Israel pede que cada uma das doze tribos apresentasse doze varas de amendoeiras representando seus príncipes, estas vara iriam ficar perante o Testemunho na tenda do Senhor e a vara do escolhido pelo Senhor floresceria.

Pense uma vara de amendoeira cortada do tronco, a lógica diz que ela morreria , primeiro murcharia perdendo o vigor e depois secaria mas a sabedoria e conclusões do homem não são as do Deus Eterno. Para o espanto de todos, no dia seguinte após Moisés ter deixado as varas na Tenda diante do Testemunho, havia uma vara que florescera, brotará renovo e frutificara ela pertencia ao príncipe da tribo de Levi seu nome era Arão, esta era a prova para o povo que de fato Deus o escolherá para apresentar expiação pelo pecado do povo de Israel .

Aleluias, Jesus foi arrancado dos homens lançado como um vara na terra mas Ele tinha por testemunho o Pai e diante de todos ao terceiro dia Ele floresceu, como renovo frutificou a vida em nosso corações. Jesus levou sobre si como Eterno sumo sacerdote o pecado de toda humanidade , foi a própria expiação das nossas iniquidades.

Ele é o escolhido de Deus pois foi o único que floresceu , ressuscitou e esteve com os seus discípulos consolando sus corações através das marcas em seu corpo pode cumprir as suas promessas gerando uma ousadia e fé inabalável, frutificando o amor em seus corações e nos nosso também.











"Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno."
Hebreus 4:14-16


domingo, 25 de março de 2012

Testemunho de uma mulher refugiada



Cura para uma refugiada em dor


“De repente, fui arrancada de todas as coisas familiares, o medo invadiu meu coração, e precisei contar com a boa vontade de estranhos, num país que não conhecia. O estresse de tentar superar a língua, e me adaptar a comer outros tipos de alimento é muito difícil e muito solitário.”
Quando Mehret* se converteu aos 29 anos, já havia passado por várias crises dolorosas na vida. Depois de crescer em uma família rica, ela se apaixonou por um jovem de sua cidade, porém ele a abandonou quando ela manifestou uma doença de pele incurável.
No sexto mês de gravidez de seu filho, Mehret caiu em desespero e se jogou de sua varanda. "Eu ainda não estou certa se queria tirar a minha própria vida, a do meu filho, ou de ambos. ", afirmou.
Embora ela e seu filho recém-nascido tenham sobrevivido, ela ficou tão envergonhada por sua aparência desfigurada que passou a cobrir o rosto. Através de um vizinho cristão, que compartilhava o amor de Deus com ela e a levou para uma igreja evangélica, Mehret confiou em Cristo e começou a lidar com o fato de ser mãe solteira e com sua enfermidade.
Dez anos mais tarde, as autoridades da Eritreia começaram uma repressão feroz contra os cultos não oficiais e Deus a levou a renunciar seu trabalho para dedicar-se em tempo integral na igreja.
"Fui para a linha de frente quando o governo começou a perseguir os cristãos", disse ela. "Quando a nossa igreja foi fechada, me ofereci para hospedar comunidades secretas em minha casa. Então não me surpreendi quando fui presa em 2004."
Mehret não foi torturada e, depois de três meses, foi solta com severas advertências para parar de realizar reuniões da igreja. Mas ela não parou, e então quando foi novamente presa em 2006, foi espancada. Percebendo que sua vida estava em perigo, decidiu jejuar por intervenção de Deus. As autoridades da prisão entraram em pânico, pensando que ela estava em greve de fome até à morte. Após 52 dias, eles a liberaram sob a custódia de sua irmã.
"Eu estava muito magra e fraca, já que só tomava pequenos goles de água, mas aos poucos me recuperei."
A esta altura, os cristãos da Eritreia tinham estabelecido uma rede de apoio clandestino para contrabandear comida, medicamentos e até Bíblias para os cristãos presos. "Depois de ser detida duas vezes, eu entendi o impacto disso para os presos, e trabalhei ainda mais para enviar suprimentos", disse Mehret.
Então, em meados de 2009, um líder de sua igreja que havia sido preso por quatro anos ficou muito doente. Temendo que ele morresse na prisão, os oficiais o soltaram sob custódia. "Me foram dadas ordens estritas para que ninguém o visse ou houvesse qualquer contato dele com o mundo exterior."
Mas sua saúde continuou a deteriorar-se, e sem assistência médica adequada disponível na Eritreia, ele fugiu do país para buscar tratamento no Exterior.
Sua fuga deixou Mehret em risco, enfrentando as repercussões, uma vez que o Governo percebeu que ele estava desaparecido. Então ela fugiu um dia antes de as autoridades chegarem para prendê-la. "Eles saquearam minha casa e ameaçaram minha família, exigindo saber o meu paradeiro. Deus me tirou na hora certa!"
Uma vez foragida, Mehret foi levada por um companheiro refugiado que a conectou com a Portas Abertas. A equipe da Portas Abertas auxiliou nas necessidades básicas, como o pagamento do aluguel, enquanto os documentos específicos para os refugiados estavam sendo processados, o que é sempre um processo muito demorado.
"A equipe da Portas Abertas orou comigo e me incentivou, oferecendo sua amizade e apoio quando me senti desanimada", disse Mehret. "Neles eu encontrei uma nova família e, o melhor de tudo, posso ver o amor de Cristo em ação através deles."
"E eles nem notaram a minha doença na pele!", ela afirma. "Isso me ajudou muito, a me aceitar. Agora não cubro meu rosto."
"Ser uma refugiada é muito difícil. Sinto falta da minha família, especialmente do meu filho", disse Mehret. "Mas eu sou grata, porque tudo isso me ensinou a confiar no Senhor, de uma maneira que nunca fiz antes. Eu sei que me encontrarei com meu filho no lugar que Deus preparou para nós - talvez em outro país, ou aqui, ou quando eu voltar para casa, se a situação mudar.”
"Eu confio em Deus, porque Ele me prometeu: 'Eu tenho um lugar para você, minha filha. Seja paciente’. "
* Pseudônimo
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoCarla Priscilla Nogueira
 
 
 
 
"Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;" 2 Coríntios 4:9