segunda-feira, 30 de maio de 2016


 Um milagre

Nada pode é e será mais valioso que a vida.
Por entendermos isto é que lutamos com nossos poucos recursos para despertar nos corações das mães de recém nascidos em  situação de risco e de poucos recursos financeiros que uma vida vale mais que tudo.
Não podemos imaginar como Deus tem misericórdia dos desprezados , desamparados e rejeitados.
Mesmo que você não entenda ou discorde da afirmação acima. Ao ler esta estória com certeza terá como afirmar que foi um milagre sobrenatural a vida deste menino.
 
"Um recém-nascido que foi esfaqueado por 14 vezes e enterrado vivo em cova teve uma recuperação  inacreditável e foi fotografado sorrindo e brincando.
O bebê foi ferido com uma faca e depois jogado de barriga para baixo em um buraco de 20 centímetros de profundidade. Ele foi encontrado em fevereiro deste ano, por Kachhit Kronguyt, 53 anos, na província de Khon Kaen, na Tailândia.
O homem disse que levava seis vacas para comer grama em um campo quando ouviu um choro. Achando estranho, arranhou o solo e viu o pé de um bebê, em seguida, chamou as pessoas da sua família para ajudá-lo resgar a criança.
Médicos do hospital Wangyai, para onde o bebê foi levado, disseram que ele parecia ter sofrido abuso físico."
Criança havia levado 14 facadas e sido enterrado vivo
Criança havia levado 14 facadas e sido enterrado vivo


Fonte: Gadoo
 


segunda-feira, 16 de maio de 2016

Pessoas + imperfeição + amor = FAMÍLIA


Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.
Moral da História
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com a individualidade do outro, e admirar suas qualidades.

Fábula do Porco-espinho
by sagradafamiliaitajuba

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Seguirei o meu caminho







Morreram também Malom e Quiliom, e Noemi ficou sozinha, sem os dois filhos e o seu marido.
Quando Noemi soube em Moabe que o Senhor viera em auxílio do seu povo, dando-lhe alimento, decidiu voltar com suas duas noras para a sua terra.
Assim ela, com as duas noras, partiu do lugar onde tinha morado. Enquanto voltavam para a terra de Judá,
Noemi disse às duas noras: "Vão! Voltem para a casa de suas mães! Que o Senhor seja leal com vocês, como vocês foram leais com os falecidos e comigo.
O Senhor conceda que cada uma de vocês encontre segurança no lar doutro marido". Então deu-lhes beijos de despedida. Mas elas começaram a chorar bem alto
e lhe disseram: "Não! Voltaremos com você para junto de seu povo! "
Disse, porém, Noemi: "Voltem, minhas filhas! Por que viriam comigo? Poderia eu ainda ter filhos, que viessem a ser seus maridos?
Voltem, minhas filhas! Vão! Estou velha demais para ter outro marido. E mesmo que eu pensasse que ainda há esperança para mim — ainda que eu me casasse esta noite e depois desse à luz filhos,
iriam vocês esperar até que eles crescessem? Ficariam sem se casar à espera deles? De jeito nenhum minhas filhas! Para mim é mais amargo do que para vocês, pois a mão do Senhor voltou-se contra mim! "
Elas então começaram a choram bem alto de novo. Depois Orfa deu um beijo de despedida em sua sogra, mas Rute ficou com ela.
Então Noemi a aconselhou: "Veja, sua concunhada está voltando para o seu povo e para o seu deus. Volte com ela! "
Rute, porém, respondeu: "Não insistas comigo que te deixe e não mais a acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus!
Onde morreres morrerei, e ali serei sepultada. Que o Senhor me castigue com todo o rigor, se outra coisa que não a morte me separar de ti! "
Quando Noemi viu que Rute estava de fato decidida a acompanhá-la, não insistiu mais. 
Rute 1:5-18



Seguirei o meu caminho. Esta foi a escolha da Orfa, nora de Noemi.
Quantas vezes percebemos que aqueles que estão ao nosso lado terão  maiores chances na vida distantes de nós, este foi o entendimento de Noemi ao olhar para circunstância que estava vivendo como uma viúva sem posses, sem filhos com idade avançada; não havia para ela futuro nem para quem estivesse ao seu lado. O egoismo não fazia morada na alma de Noemi , a tristeza sim mas a mesquinhes não; logo ela deseja que suas noras que eram jovens e tinham tudo para recomeçar suas vidas retornem para seus familiares e tenham novas oportunidades para amar e serem amadas. A escolha de Orfa foi de retornar à sua parentela e reconstruir sua vida abrindo mão do seu passado. Rute porém escolhe permanecer com sua sogra. Rute era viúva também ela conhecia a dor da perda, a dor da solidão e sabia o que significava a escolha de permanecer ao lado de Noemi.
Noemi nos ensina o desprendimento, a generosidade e responsabilidade. 
Orfa nos lembra que quando pedimos para aqueles que nos amam e que nós amamos escolher o caminho a seguir eles escolherão seguir o que para eles será o melhor mesmo que este melhor seja construir uma nova jornada sem a nossa presença.
Rute nos ensina que existe aqueles que estão dispostos a seguir conosco o percurso da vida até a morte se preciso for. No caso de Rute ela foi mais que uma nora para Noemi foi uma filha, uma amiga e uma restauradora de esperança.
Orfa e Rute escolheram oque era o melhor para suas vidas. Quem fez a melhor opção? A história biblica não relata o que ocorreu com Orfa mas nos diz como foi a vida de Rute após sua escolha, uma vida dura de muito trabalho e humildade mas também uma vida repleta de recompensa. Ela casou-se com Boaz , seu remidor, torna-se mãe e mesmo como uma estrangeira passa a fazer parte da genealogia do Senhor Jesus.
Noemi no fim de sua vida pode usufruir do fruto da sua bondade e liberalidade ao ter de volta sua propriedade e viver através da vida de Rute a alegria de ser avó.   
     

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A mulher na Indiana: uma vida de sacrifícios





Já é quase dia e ainda pode-se ouvir os gritos que vêm de dentro do pequeno barraco. Homens do lado de fora fumam sem parar, a fim de controlar a ansiedade. Lá dentro, a jovem, quase menina, experimenta horas de dores até finalmente ver seu bebê nascer.

A parteira pega a criança e, com olhar de desprezo diz: "Sinto muito, é uma menina". Os homens da família tentam consolar o pai, que fica arrasado. Batendo no peito, ele grita aos deuses perguntando o que foi que ele fez para merecer isso. Minutos depois, em uma cerimônia assustadora, o pai levanta a criança inocente nos braços e, antes de afogá-Ia em um barril de leite, diz: "No ano que vem, você será um menino".

Andando pelas ruas de qualquer cidade da índia, é impossível não notar a falta de mulheres. O número de homens que se vê é muito maior. Indianos de classe alta afirmam que a prática de se matar meninas já não é mais tão comum, mas a realidade mostra outra coisa.

Para tentar acabar com essa chacina, o governo proibiu a realização de ultrassom para saber o sexo do bebê. Porém, o apelo de clínicas clandestinas e a realidade social falam mais alto. Em qualquer cidadezinha mais remota da índia, estas clínicas fazem o exame por apenas 10 dólares e, com uma taxa adicional, já fazem o aborto se o feto for do sexo feminino. Alguns desses lugares fazem a seguinte propaganda: "Pague 500 rúpias agora e economize 50 mil no futuro", fazendo referência ao dote que o pai da noiva precisa dar à família do noivo no casamento.

Quando a família arranja um casamento para a menina, um valor combinado deve ser pago para a família do noivo. Quando isso não acontece devidamente, a noiva corre o risco de ser queimada viva em um ato desumano chamado bride-burning, que pode ser traduzido por "queima da noiva".

Em alguns casos, quando o dinheiro do dote acaba, ou é insuficiente, o noivo e sua mãe passam a considerar a noiva indesejável e os maus-tratos começam até que, em último caso, o noivo mata a esposa para poder se casar com outra mulher.

O termo bride-burning começou a ser usado porque essas mulheres geralmente morrem na cozinha, enquanto preparam a refeição da família. Alguém despeja querosene no ambiente, e outro acende o fósforo. A morte é reportada como "acidente doméstico" com o fogão à lenha.

Dados oficiais do governo da índia apontam 7 mil casos de bride-burning por ano. ONGs afirmam que é o dobro - um artigo chega a falar em 25 mil mortes.
 
Além da prática de assassinato, é comum a tortura dessas mulheres. Algumas são tão agredidas pela família do noivo que se tornam portadoras de deficiências físicas, com ainda mais dificuldade para trabalhar duramente, como é esperado delas.

O sistema de castas torna a vida das mulheres indianas ainda mais difícil. As mulheres dalit, da casta mais baixa, são as que mais sofrem. São consideradas inferiores aos cães, e "intocáveis", por serem impuras. Mesmo assim, têm sido exploradas sexualmente e são as maiores vítimas da AIOS.

Mulheres dalit não têm direito ao estudo nem ao sistema de saúde. Do total, 90% trabalha na agricultura e são chamadas de servas. Elas também são obrigadas, pela religião e tradição, a limpar os restos dos animas das ruas, sem receber nenhum pagamento por isso. Trabalham muito mais que os homens da mesma casta, mas ganham bem menos que eles.


As mulheres cristãs também enfrentam dificuldades. Em algumas famílias cristãs também existe a preferência por meninos ao invés de meninas. Por causa da religião, o aborto não chega a acontecer, mas a mãe sofre a culpa por ter tido uma menina que jamais carregará o nome da família.

Em alguns lugares da índia, como no Estado de Orissa, ser mulher e cristã é motivo dobrado para sofrer descaso, discriminação e violência. Como são consideradas sem valor, estupros e espancamentos são comuns.

O preconceito contra as cristãs também acontece com estrangeiras que moram no país, como foi o caso de Jarid Arraes Singh, cristã brasileira casada com Sandeep Singh, indiano, e que mora na índia há seis meses. Jarid conta o que aconteceu:

"No final de outubro do ano passado eu andava pelo mercado com minha cunhada, e um homem cuspiu em mim. O motivo? Ser cristã. Ele disse:

"Cristã!", e simplesmente cuspiu, como quem não está fazendo nada de mais. Minha cunhada imediatamente o chamou de "cachorro", mas ele saiu rindo enquanto a rua inteira assistia e ria. O que fazer se o governo indiano não se importa, se os próprios policiais ajudam a agredir os cristãos? O que fazer sendo apenas uma garota cristã no meio disso tudo? Submeter-me a rituais com os quais não concordo, nos quais não creio e não vejo nada de bom? Negar minhas convicções, minha fé, meu Deus?

Jamais. Prefiro ser cuspi da, estuprada, espancada, queimada, morta...".

Fonte: Revista Portas Abertas - Vol. 28 - Nº 3

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Pre-natal é essencial


                        



                                                             Prof. Dra. Márcia Maria Auxiliadora de Aquino

Você está esperando um bebê. Um passo muito importante agora é procurar o seu médico para iniciar o pré-natal. Mas, afinal o que é e para que serve o pré-natal?
O pré-natal é um acompanhamento da evolução da gestação, em geral realizado pelo obstetra, que visa cuidar da saúde da mulher e de seu bebê até que o parto ocorra. Vai além do cuidar da saúde física, pois é durante o pré-natal que o médico orienta a mulher sobre sua gravidez, os cuidados que ela deve ter neste período, a nutrição, exercícios, trabalho de parto, parto, aleitamento e outros temas. Há a oportunidade de conversar sobre suas dúvidas e seus medos, de ter um apoio. Algumas vezes outros profissionais de saúde, além do obstetra, são requisitados para avaliar e/ou orientar a gestante.
Vamos procurar falar um pouco sobre cada um destes temas.
Em relação ao acompanhamento médico da gestação, a primeira consulta deve ser realizada o mais precocemente possível, não devendo ultrapassar o primeiro trimestre da gravidez. Nesta primeira consulta, o médico faz o exame físico e ginecológico (não há risco em ser examinada, e é importante o exame para verificar se está tudo bem) e alguns exames serão solicitados.
Os exames realizados pela coleta de sangue e considerados obrigatórios são o hemograma (para avaliar anemia), glicemia (para saber se você tem diabetes), tipo de sangue (a gestante com tipo sangüíneo Rh negativo, com parceiro Rh positivo, necessita de acompanhamento e orientação) e exames para avaliação de infecções: VDRL (sífilis), HbSAg (hepatiteB), HIV (Aids), sorologia para toxoplasmose e rubéola. As gestantes também fazem exame de urina e papanicolaou (este, se estiver na época de realização).
O primeiro exame ultrasonográfico é realizado após 07semanas, não devendo ultrapassar a 14ª semana de gestação. Tem se optado por realizar uma ultrasonografia obstétrica morfológica de primeiro trimestre, se for possível, entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, no sentido de ser feito um primeiro rastreamento de malformações congênitas.
Nesta primeira consulta, se prescreve uma vitamina, o ácido fólico, para ajudar na prevenção de malformações congênitas. O ideal é que a mulher comece a tomar esta vitamina desde o momento em que deixa de evitar a gravidez, pois seria bom que no momento da concepção esta prevenção já estivesse em prática.
As consultas de pré-natal serão mensais até o oitavo mês. A partir daí passarão a ser quinzenais e no último mês, até o parto, serão semanais. Em nenhuma circunstância a gestante poderá ser dispensada de consultas de pré-natal antes do parto ocorrer. Isto que dizer: as consultas no último mês de gestação devem ser semanais, pois algumas complicações podem ocorrer neste período, e, também, é quando as dúvidas sobre os sinais do trabalho de parto mais aparecem. Em todas as consultas a mulher deverá ser pesada, sua pressão arterial deverá ser medida, e a partir do 4º mês ter medida a altura de seu útero (que indiretamente avalia o crescimento do feto), além de ser ouvido os batimentos cardíacos do feto.
Em geral se realiza um exame ultra-sonográfico em cada trimestre da gestação. Porém, lembre-se, nada substitui a consulta de pré-natal e o exame obstétrico bem feito. A ultrasonografia é um exame complementar.



ATIVIDADES FÍSICAS
Converse com o seu médico sobre as atividades físicas durante a gravidez: As consideradas de baixo risco são as indicadas, pois ajudam na diminuição do stress mecânico sobre as articulações e têm um efeito diurético (aumentam a produção de urina), além de outras vantagens. São elas: hidroginástica, caminhada, dança, natação (como atividade física, não como exercício físico, que implica em ritmo, freqüência e duração e nem como esporte, que implica em performance e competição), ciclismo, yoga. Podem ser realizadas na gestação, se não houver alguma contra-indicação clínica, por, no máximo, trinta minutos diários, de 3 a 5 vezes por semana.
As consideradas de médio risco devem ser realizadas com cuidado e vigilância, somente por aquelas gestantes que já realizavam tais atividades de forma habitual, e que têm preparo físico. Exemplo: ginástica, aeróbica, tênis, musculação, patinação. Mesmo nestas gestantes estas atividades não devem ser realizadas no último mês de gestação.
Está contra-indicada na gestação a prática de vôlei, hipismo, mergulho.


ALIMENTAÇÃO E GANHO DE PESO DURANTE A GESTAÇÃO
A gestante não deve engordar mais do que doze quilos durante a gestação. O ganho muito rápido ou excessivo de peso é prejudicial a gestante e seu bebê pois, entre outras complicações, pode ser fator desencadeante da pressão alta específica da gravidez e/ou da diabetes gestacional, com conseqüências ruins a ambos.
Portanto, a mulher não deve comer por dois, mas, deve ter uma alimentação saudável já que, ganhar pouco peso (menos de 7Kg) também pode ser prejudicial. A grávida deve ter uma dieta fracionada (comer pequenas quantidades, várias vezes ao dia), evitando o jejum prolongado (maior do que 6 horas), prejudicial ao feto e que também pode acarretar mal-estar na mãe devido à hipoglicemia (pouco açúcar no sangue). Também deve evitar encher o estômago de uma vez, o que pode acarretar mal-estar e azia, devido à digestão mais lenta da gestante e refluxo do estômago para o esôfago.
Engordar demais não é bom, mas, querer manter o peso ou ganhar muito pouco, deixa a mulher susceptível a complicações e conseqüentemente o bebê poderá ser afetado.
A dieta deve ser balanceada, incluindo vitaminas e sais minerais (frutas e verduras), proteínas (leite, carnes e cereais), fibras (verduras, aveia, milho, trigo, frutas), gorduras e carboidratos (pães, massas, doces etc), estes dois últimos são alimentos energéticos, os quais devem ser consumidos com moderação.
A partir do segundo trimestre da gestação, aumentam as necessidades de ferro, proteínas e cálcio, pois o bebê inicia a fase de crescimento rápido. Coma fígado e outras carnes, feijão, vegetais verde-escuros e frutas, como laranja e limão, que ajudam a prevenir a anemia por falta de ferro. O médico também costuma iniciar uma suplementação de ferro, através de comprimidos nesta fase. Não se esqueça do leite e seus derivados (queijo, iogurte etc.) que são importantes para a formação dos ossos e dentes do bebê.
Esta é uma orientação básica sobre a dieta durante e gravidez. Siga as orientações do profissional que está acompanhando seu pré-natal, pois existem situações em que há necessidade de restringir algum tipo de alimento ou de recomendar a ingestão maior de outro, na decorrência do peso inicial da grávida, presença de alguma doença (como hipertensão, diabetes etc.) e outros fatores, que necessitarão de orientação específica.


Referências:
1.     Mariani Neto, C & Tadini V. Obstetrícia e Ginecologia. 1a. ed. São Paulo. Editora Roca, 2002.
2.     MINISTÉRIO DA SAÚDE. Assistência pré-natal. Manual Técnico. 3a. ed. Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde, 2000. 66p.
3.     Tedesco, JJA. A Grávida: Suas indagações e as dúvidas do obstetra. 1a. ed. São Paulo. Editora Atheneu, 1999.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Gravidez e cigarro






Gravidez e cigarro: o impacto na saúde de mãe e filho



Dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate a Fumo. Que cigarro e gravidez não combinam, você já sabe. Não custa lembrar, no entanto, que os problemas podem se estender para o resto da vida do seu filho. "Um único cigarro fumado por uma grávida é capaz de acelerar os batimentos cardíacos do feto", afirma Jaqueline Sholz Issa, cardiologista. Os danos, segundo ela, são grandes e numerosos. "Este único cigarro tem 4.500 substâncias nocivas que chegam até o bebê. A placenta não impede a passagem de moléculas pequenas como a nicotina", explica a médica, coordenadora do Ambulatório de Tratamento de Tabagismo do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP (Incor) e autora do livro "Deixar de fumar ficou mais fácil" (MG Editores). 

Quando a mãe acende um cigarro e dá uma tragada, componentes tóxicos, como o monóxido de carbono, chegam até os pulmões e são liberados para a corrente sanguínea. O coração bombeia o sangue intoxicado para todo o corpo da mãe, inclusive para o feto. A placenta, por sua vez, não consegue barrar a passagem de todas essas substâncias, como a nicotina - que, aliás, é considerada "vilã" porque trabalha contra o bebê. Ao causar estreitamento dos vasos, ela impede que os nutrientes necessários para o desenvolvimento do feto cheguem satisfatoriamente. O resultado é uma série de problemas para mãe e filho. 

A gestante tem 70% mais chances de ter um aborto espontâneo e 40% de dar à luz antes da hora. Baixo peso e altura, risco de má formação do feto, complicações cardíacas e risco da síndrome da morte súbita infantil também são esperados. Há ainda a possibilidade de a criança nascer com tendência à dependência química do cigarro. Alguns estudos comprovam que o fumo pode causar danos à inteligência e ao rendimento intelectual da criança e que estaria associado a distúrbios do comportamento e a ocorrência de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. 

Além desses problemas no curto prazo, ronda ainda o fantasma de doenças futuras. Uma pesquisa recente da American Heart Association (Associação Cardíaca Americana) mostrou que gestantes que fumam aumentam os riscos de seus filhos terem derrame e ataque cardíaco quando adultos, já que os descendentes tendem a ter paredes das artérias carótidas na nuca mais grossas (a espessura das paredes internas das artérias da nuca é usada para determinar o nível da aterosclerose). 
Combate ao fumo
Para Jaqueline, que trabalha há mais de 15 anos no combate ao cigarro, o tabagismo é uma doença. No final dos anos 1980, os cientistas descobriram que o cérebro tem receptores de nicotina e que ela, a nicotina, tem poder de adição maior do que drogas como cocaína e heroína. "A partir daí, tudo mudou, inclusive o jeito de encarar o fumante, que deve contar com ajuda especializada e apoio. O uso de medicamentos no tratamento diminui os sintomas da privação e também o sofrimento no processo conhecido como desligamento", diz. 

O uso de medicamentos para parar de fumar, contudo, não são recomendados para grávidas. Eles têm substâncias nocivas e só devem ser prescritos se o médico considerar o ganho maior do que o risco. O ginecologista e obstetra Luís Fernando Aguiar, do Hospital Albert Einstein, lembra que, felizmente, a maior parte das mulheres acaba parando de fumar na gestação. "Além de pensarem na saúde do bebê, muitas grávidas têm enjoo e aversão ao cheiro de cigarro. A natureza é sábia e provoca esses sintomas de proteção", diz. Quando é necessário lançar mão de algum recurso químico, o médico opta pela fluoxetina, um antidepressivo seguro na gravidez. "Mas eu sempre recomendo suspender o cigarro em 100%. Não adianta reduzir, os efeitos são péssimos", afirma.
Como parar durante a gravidez?
"Desde quando decidi que iria engravidar, parei de vez... Antes nunca havia conseguido", recorda Luanda Rodrigues. Para ela, que já fumava há 15 anos, a preocupação com a saúde do bebê foi motivação o bastante. Se você está tentando deixar o cigarro, inspire-se nela e veja, também, as nossas dicas a seguir. 
- Nenhum tipo de tratamento contra o fumo é indicado durante os nove meses da gestação, nem a goma de mascar. Eles têm substâncias nocivas e só devem ser prescritos se o médico considerar o ganho maior do que o risco. Se a mulher fuma mais de dois maços por dia, ela poderia usar o adesivo.
- A maioria das mulheres acaba parando de fumar na gestação. Além de pensarem na saúde do bebê, muitas grávidas têm enjoo e aversão ao cheiro do cigarro. A natureza é sábia e provoca esses sintomas de proteção.
- Quando é necessário lançar mão de algum recurso químico - uma das opções, sempre -, o médico opta pela fluoxetina, um antidepressivo seguro na gravidez.
Um estudo canadense mostra que as crianças também podem se tornar viciados em nicotina apenas por conviver com pessoas que fumam. Liderada por Jennifer O'Loughlin, pesquisadora da Universidade de Montreal, Canadá, a pesquisa revela que sintomas claros de dependência de nicotina, como depressão, insônia, irritabilidade, ansiedade, aumento de apetite e problemas na concentração, foram observados em cerca de 5% das 1.800 crianças entrevistadas, todas entre 10 e 12 anos, e que nunca haviam fumado. “Esses dados servem para mostrar que políticas públicas relacionadas ao fumo precisam ser rígidas”, comenta O’Loughlin.

Fonte: revista Crescer- Agosto/12  Autor: Chantal Brissac


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pascuala, uma cristã perseguida de Chiapas







Pascuala estava com 14 anos quando, em uma noite comum, ficou cuidando de seus irmãos, um sobrinho e uma sobrinha. Pascuala estava dormindo quando os caciques foram queimar sua casa. Ela acordou a tempo de alertar sua família. Alguns membros da família não estavam em casa, mas as quatro crianças foram assassinadas, baleadas ou queimadas enquanto tentavam fugir. Pascuala foi baleada e abusada fisicamente. Ela só sobreviveu porque fingiu estar morta. Fraca e sangrando, ela caminhou por muitas horas até chegar a um hospital.
Ela ficou com 27 projéteis em seu corpo e pescoço na época, tudo porque não negou sua fé em Jesus. Apesar de ter sido baleada, abusada e quase morta sendo apenas uma adolescente, tendo sua casa incendiada e sua família assassinada, ela não está se lamentando, ou tendo pena de si mesma. Ao invés disso, ela passa seus dias confortando outros, visitando outras mulheres que ficaram viúvas ou desabrigadas. Um de seus ministérios é ensinar trabalhos manuais para essas mulheres, para que possam se sustentar e ter uma renda. Nesses 35 anos depois do ataque, ela construiu seu ministério, e agora centenas de mulheres procuram por ela para buscar consolo, conselhos e ajuda. Leia parte de seu testemunho:
Quando eu me lembro daqueles dias, no início, me sinto triste. De repente, meus sentimentos podem se perder em um buraco escuro. Desde a época em que fui perseguida, minha vida inteira mudou, em todos os aspectos. Perdi minha família e minha casa. Fisicamente, a dor de minhas feridas era muito difícil de suportar. Não conseguia mover meu corpo como antes.

Além de ter que começar uma nova vida, eu estava com medo. Eu não falava espanhol. Eu tinha uma irmã viúva, e pude tomar conta de sua filha para que ela pudesse arranjar um emprego. Os dias eram muito longos, pois eu ficava escondida por medo. Durante aquela época, eu pensei que Deus não iria me ajudar. Em minha solidão, não pensei que teria um futuro. Eu não sabia o que fazer. Foi assim durante cinco anos.

Naquela época, uma cristã chamada Elena me encorajou a aprender espanhol. Ela se ofereceu para me ensinar, se eu quisesse. Eu disse que sim, e que iria até a casa dela. Minha vida começou a mudar. 

Eu conhecia um missionário chamado Canute que foi muito importante para mim. Ele me amava muito, e percebi que Deus estava curando minha alma através desse carinho. Um dia, ele me disse que eu deveria ir para os Estados Unidos; eu respondi que pensava que não poderia ir, por causa da documentação. O irmão Canute disse que eu precisava confiar em Deus. Meu pastor, Miguel Caslon, me ajudou com os documentos, mas eu continuava questionando se Deus realmente queria que eu fosse para aquele país.

Algumas igrejas nos Estados Unidos me convidaram para contar meu testemunho. Quando fui, deixei que as pessoas tocassem os ferimentos de bala em meu corpo. Alguns irmãos começaram a chorar. Aquilo tocou o meu coração. Eu percebi que eles realmente sentiam a minha dor. Algo novo começou a acontecer. A alegria e a paz do Senhor foram derramadas sobre mim. Fazia muito tempo que eu não sorria. Meu Deus estava comigo! Eu não estava sozinha! Minha fé começou a crescer. Eu voltei para o México com nova esperança e novas expectativas. 

Eu continuei aprendendo a ler. Agora, consigo ler minha Bíblia e saber mais sobre meu amado Jesus.

De acordo com os costumes do meu povo, estava chegando o momento de me casar. Eu sou indígena, e garotas indígenas não podem conversar com garotos. Se um rapaz quer ser namorado de uma garota, ele deve ir até seus pais e pedir a mão dela. No meu caso, ele precisaria pedir para meu pastor.

Em um domingo, percebi que havia um novo rapaz na igreja. O pastor me disse que Manuel era filho de uma irmã que estava orando para que ele se reconciliasse. Logo depois disso, Manuel disse para o pastor que gostaria de se casar, e o pastor foi falar comigo. Eu não sabia nada sobre Manuel, então eu disse que não.

Logo depois, conheci Pedro, um jovem cristão indígena, que parecia bom para mim. Eu conversei com meu amigo missionário sobre ele. Então ele disse: ‘Vamos ver se ele é bom para você’. Alguns dias depois, vi Pedro com outra garota, e eles estavam muito próximos. Eu fiquei muito chateada. Então, o irmão Canute foi conversar com Pedro, e ele não falou nada. Meu estômago doía e estava muito triste. Então decidi orar. Eu clamei a Deus, dizendo que eu precisava de um marido. Três anos depois, me casei com Manuel. Nosso Deus sempre tem um plano pra nós.

Desde então, meu desejo é ajudar as pessoas que são perseguidas por causa de Jesus. Eu comecei a compartilhar com outros, de que há esperança em Jesus, porque eu mesma entendi isso quando estava sozinha. Entrei em contato com a Portas Abertas; eles me encorajaram a continuar com esse amor. Eu tinha o desejo de ajudar as mulheres indígenas através de evangelismo e artesanato. Com a ajuda da Portas Abertas, pude conseguir tecidos para a costura e artesanato.

O desejo do meu coração é dedicar meu tempo a Deus. Minha convicção é ajudar e amar a Igreja Perseguida, porque eu sinto a dor deles. Eu vou para lugares aonde ninguém mais vai, porque eles precisam de Jesus. Se Deus me permitiu passar pela perseguição, foi por uma razão: para proclamar o Seu nome.
FontePortas Abertas
TraduçãoMissão Portas Abertas




Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento. (Selá.)