domingo, 22 de abril de 2012

Ser simples





"...Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas." Mt.10:16




Felizmente existe a ideia da simplicidade, e esta é, digamos, simples desde sua origem. A palavra é formada por duas outras de origem latina: sin, que significa único, um só, e plex, que quer dizer dobra. Ser simples significa ter uma só dobra, ao contrário do complexo, que tem várias. Simples! 
Simplificar significa evitar a complexidade e criar uma vida sem mistérios? Há uma diferença fundamental entre ser simples e ser simplório. Os simples resolvem a complexidade, os simplórios a evitam. Eu conheço pessoas sofisticadas, intelectualizadas, que levam uma vida plena, realizam trabalhos difíceis, apreciam leituras profundas e têm hábitos peculiares. E continuam sendo pessoas descomplicadas. Conheço também pessoas simplórias, com pouca profundidade, que realizam trabalhos repetitivos, que têm poucas ambições, que apreciam rotinas e evitam os sustos de uma vida aventurosa. E mesmo assim são pessoas complicadas, para elas tudo é muito difícil, em geral impossível.

Não há um paradoxo em construir uma vida simples em meio à vida moderna, cada vez mais exigente? Hiroshi criou a Ecovila Clareando, uma comunidade autossustentável no interior de São Paulo que atrai gente comprometida com a natureza e com seus valores, como a sustentabilidade, sem a ingenuidade das "sociedades alternativas" de antigamente, mas tendo a simplicidade como filosofia. Ele planta e produz praticamente tudo o que precisa para se alimentar, domina as técnicas de construção ecológica e de produção de energia limpa. Mas não é um isolado, viaja, participa de congressos, dá palestras, toca violão, compõe músicas. E é alegre em tempo integral.

Goldberg é professor da New York University, onde faz pesquisas sobre o cérebro humano, e consegue falar sobre seu funcionamento de maneira compreensível. Escreveu alguns livros, entre eles O Paradoxo da Sabedoria, em que afirma que, apesar do envelhecimento do cérebro, a mente pode manter-se jovem. Seus textos são o melhor exemplo de como se pode simplificar o complexo, pois são sobre neurofisiologia, mas qualquer um entende.

Eu não poderia imaginar vidas mais diferentes e, ao mesmo tempo, mais parecidas. Ambos carregam uma leveza própria das pessoas que decidiram não complicar, sem abrir mão de seus desejos, projetos, pequenos luxos, enfim, da vida normal. Pessoas assim, que fazem a opção da simplicidade, têm alguns traços comuns. Identifico cinco deles:

1. São desapegadas: não acumulam coisas, fazem uso racional de suas posses, doam o que não vão usar mais.

2. São assertivas: vão direto ao ponto com naturalidade, mesmo que seja para dizer não, sem medo de decepcionar, não "enrolam" nem sofisticam o vocabulário desnecessariamente.

3. Enxergam beleza em tudo: em uma flor no campo e em um quadro de Renoir; em uma modinha de viola e em uma sinfonia de Mahler; em um pastel de feira e na alta gastronomia.

4. Têm bom humor: são capazes de rir de si mesmas e, mesmo diante das dificuldades, fazem comentários engraçados, reduzindo os problemas à dimensão do trivial.

5. São honestas: consideram a verdade acima de tudo, pois ela é sempre simples e, ainda que possa ser dura, é a maneira mais segura de se relacionar com o mundo.

Ser simples, definitivamente, não é abrir mão de nada. É possível apreciar o conforto, a sofisticação intelectual, as artes, o prazer da culinária, a aventura das viagens e continuar sendo simples.

Pois ser simples não é contentar-se apenas com o mínimo para manter-se fisicamente vivo, uma vez que não somos só corpo, também somos imaginação, intelecto, sensibilidade e alma. E esta última é, sim, simples, mas não é pequena, a não ser, é claro, que a pessoa queira.

Autor: Eugenio Mussak - Edição: MdeMulher


sábado, 7 de abril de 2012

Ele floresceu ao terceiro dia



"E será que a vara do homem que eu tiver escolhido florescerá; assim farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós.
Falou, pois, Moisés aos filhos de Israel; e todos os seus príncipes deram-lhe cada um uma vara, para cada príncipe uma vara, segundo as casas de seus pais, doze varas; e a vara de Arão estava entre as deles.
E Moisés pôs estas varas perante o SENHOR na tenda do testemunho.
Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas." 
Números 17:5-8









"E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.
E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer?
Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel;
O que ele tomou, e comeu diante deles.
E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos." 
Lucas 24:38-44













Você já escutou que é muita pretensão achar que só Jesus é o enviado de Deus para manifestar ao mundo o verdadeiro caminho para a salvação. Este tipo de dilema não é novidade na história da fé. Quando o povo de Israel saiu do Egito e peregrinou para a terra prometida foi liderado por Moisés e Arão era o sacerdote estabelecido por Deus para ministrar pelo povo. Surgiu então entre a congregação através de um homem chamado Corá o seguinte argumento: "Basta-vos, pois que toda a congregação é santa, todos são santos, e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do SENHOR?"Nm. 16:3

Quantas vezes tem surgido argumentos parecidos em relação aos ensinamentos de Jesus e a sua verdade, eles semelhantes ao de Corá fazem as seguintes perguntas: quem disse que Deus não enviou outros espírito evoluídos como Jesus para nos revelar a verdade, quem disse que Buda, Maomé, Dalai Lama, Alan Kardec e outros não foram enviados por Deus para ensinar o caminho da verdade?

O povo de Israel começou a ver na argumentação de Corá uma certa lógica e foram procurar Moisés para apresentar o argumento e solicitar o direito de escolher e ser escolhido como representante da verdade e de Deus.

Assim também acontece em nosso dias muitos reivindicam o direito de ser representantes da verdade e de Deus, estas "verdades" e estes "representantes" aparecem de tempos em tempos na história da humanidade.

Diante de tal fato Deus demostra ao povo que só existia um escolhido por Ele para ser sacerdote, de uma forma soberana e milagrosa que não poderia ocorrer sem a interferência do Criador da Vida, o Senhor Deus de Israel pede que cada uma das doze tribos apresentasse doze varas de amendoeiras representando seus príncipes, estas vara iriam ficar perante o Testemunho na tenda do Senhor e a vara do escolhido pelo Senhor floresceria.

Pense uma vara de amendoeira cortada do tronco, a lógica diz que ela morreria , primeiro murcharia perdendo o vigor e depois secaria mas a sabedoria e conclusões do homem não são as do Deus Eterno. Para o espanto de todos, no dia seguinte após Moisés ter deixado as varas na Tenda diante do Testemunho, havia uma vara que florescera, brotará renovo e frutificara ela pertencia ao príncipe da tribo de Levi seu nome era Arão, esta era a prova para o povo que de fato Deus o escolherá para apresentar expiação pelo pecado do povo de Israel .

Aleluias, Jesus foi arrancado dos homens lançado como um vara na terra mas Ele tinha por testemunho o Pai e diante de todos ao terceiro dia Ele floresceu, como renovo frutificou a vida em nosso corações. Jesus levou sobre si como Eterno sumo sacerdote o pecado de toda humanidade , foi a própria expiação das nossas iniquidades.

Ele é o escolhido de Deus pois foi o único que floresceu , ressuscitou e esteve com os seus discípulos consolando sus corações através das marcas em seu corpo pode cumprir as suas promessas gerando uma ousadia e fé inabalável, frutificando o amor em seus corações e nos nosso também.











"Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno."
Hebreus 4:14-16