sábado, 12 de fevereiro de 2011

Crianças ou ...


...miniaturas de adultos? 

Vocês, assim como eu, já devem ter presenciado inúmeras vezes a clássica cena de alguém comentando com um pai ou uma mãe, o quanto o filho se parece com eles. E é muito comum que a resposta a este comentário seja um largo sorriso dos pais, demonstrando o orgulho que sentem desta semelhança. 
A primeira vista uma criança pode até parecer uma miniatura de adulto, mas isto está longe de ser verdade. Os filhos podem se parecer com os pais, não só fisicamente, como também nos comportamentos, gestos e até manias. Esta semelhança não é à toa. Os pais, ou aqueles que fazem o papel de pais, são o primeiro elo da criança com o mundo. Sabemos que dos seres criados por Deus, nós, os humanos somos aqueles que temos o desenvolvimento mais complexo e que dependemos dos cuidados dos pais por tempo mais prolongado. 
Observando dia a dia de uma criança notamos que só depois de alguns meses ela tem coordenação motora para segurar sozinha a mamadeira enquanto mama, que só após alguns anos tem a capacidade de pensar em usar algo para subir e alcançar o objeto que está acima. Isto ocorre porque desenvolvimento humano é um processo que depende da interação de aspectos como o crescimento do organismo, a capacidade de pensar, a forma de sentir e reagir. Como durante este processo o adulto está presente, podemos pensar que o desenvolvimento infantil se dá nas interações da criança com o adulto.  
Possivelmente você  que agora lê este texto pode estar mais uma vez refletindo na responsabilidade que o adulto tem na formação de uma criança. Tal reflexão é importante porque sabemos que devemos criar nossos filhos dentro da palavra do Senhor e, neste sentido, queremos fazer o nosso melhor. Por este motivo, quero ressaltar a importância da comunicação no processo de desenvolvimento de uma criança.  
Nos comunicamos não apenas com o que falamos, mas também com a forma com que falamos, com nossos gestos, a entonação da  nossa voz e com toda a nossa postura. Quando nos comunicamos com uma criança, ensinamos a ela alguma coisa SEMPRE. Podemos ensinar o que se deve ou não se deve fazer, mas também ensinamos a alegria, o medo, a segurança ou insegurança, a confiança, a fé e tantos outros sentimentos. Frases como “você é capaz, pode fazer devagar que eu te espero” ou “não adianta que você não faz nada certo mesmo!” ensinam alguma coisa e com toda certeza, irá determinar um comportamento posteriormente. 
O ser humano percebe o mundo por meio dos cinco sentidos. Apreendemos o mundo através dos estímulos que vemos, ouvimos e sentimos com o tato, olfato e paladar e a partir dai começa um processamento interno que irá gerar nossa aprendizagem, nossas idéias e conseqüentemente o significado que daremos a cada experiência vivida. 
Em breve veremos mais detalhadamente como isto ocorre e também como podemos colaborar melhor na formação dos futuros homens e mulheres.
Márcia Cristina Peixoto Vieira



"Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele."   Pv.22 6


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